Um amor de 60 anos que nasceu em uma festa

  • 02/08/2019
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Um amor de 60 anos que nasceu em uma festa

Correio Otaciliense. 

Reportagem - Elaine Leal.

Hoje ele tem 84 anos e ela 80. Como em um filme de hollywood eles se conheceram. Ele a viu pela primeira vez na Festa do Divino, em Correia Pinto. Estamos falando do casal Ilo da Luz Antunes e Maria Cândida, que irão completar 60 anos de casados.

O senhor Ilo nos contou que ela passou por ele rapidamente naquela festividade, mas que foi impossível não notar aquela linda mulher. O segundo "encontro" foi no dia 19 de março de 1958 em outra celebração, a Festa de São José. Porém, neste dia, foi procurado por uma jovem que falou que sua amiga queria "conversar" com ele. Para sua surpresa quem era a amiga? A bela mulher que chamou sua atenção na Festa do Divino, Maria Cândida.

"Eu a vi muito rápido no Divino, mas percebi aquela mulher linda. Na outra festa eu a vi de novo, e para minha surpresa a amiga dela veio falar comigo sobre a Maria. Nós nos encontramos na estrada. Eu era um rapaz bem bonito", falou sorridente.

Ele trabalhou na roça e na construção de tanques de lavar roupa e ela era professora.

Eles, que se casaram em 1960, na igreja Nossa Senhora dos Prazeres, no município de Palmeira, onde ela morava com sua família, foram viver em Correia Pinto, cidade natal do senhor Ilo, mas em 1967, se mudaram para Palmeira.

A família que formaram é composta por dez filhos, sendo seis homens, um já falecido e quatro mulheres, diversos netos e bisnetos. Relembraram, entre risadas, do nascimento da primeira filha. O casal não tinha muito dinheiro, mas conseguiram juntar um valor para a chegada da pequena. Ilo, contra a vontade de sua esposa, pegou o dinheiro e comprou uma lambreta, conhecida como Vespa. No dia do parto, levaram a parteira lá para a casa deles. "Quando ela nasceu a parteira disse para pegar os cueiros e embrulhar a menina, mas não tínhamos. A Maria me olhou bem séria e falou que era para eu pegar a lambreta e embrulhar nossa filha". Ela era muito séria e forte, comentou o senhor Ilo. "Minha mãe tirou o lenço da cabeça e deu para embrulhar nossa filha", contou Maria, ainda hoje de voz firme.

Na época da escola, as crianças só tinham uma peça de uniforme. "Eles chegavam em casa e minha esposa lavava a roupa para que usassem no outro dia", relembrou.

E assim, eles foram contando as aventuras e desventuras da família. Falaram dos filhos com muito orgulho. Hoje os dois moram sozinhos. Mas um dos filhos, o Paulinho, vive perto da casa deles. Os outros, estão em outras cidades, mas sempre visitam os pais.

Na fala e postura de ambos se percebe um casal feliz. "Ele leva chá na cama para mim, faz a minha sopa, cuida muito para que tudo seja bom no nosso casamento. Parou de beber e é um bom marido. Não tenho do que me queixar", falou Maria.

Aos casais mais novos, deixam uns conselhos, "Que sejam trabalhadores, humildes, respeitadores. É preciso relevar algumas e entender outras para que o casamento dure. Vivam até o fim da vida com seu marido. Hoje algo pode dar raiva, mas amanhã é outro dia, uma nova história", finalizaram os octogenários.


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